HIPOTIREOIDISMO / HIPERTIREOIDISMO
Hipotireoidismo é uma condição de deficiência de hormônios tireoideanos causada (na maioria das vezes) pela tireoidite de Hashimoto. Caracteriza-se pelo TSH elevado. O tratamento padrão é a reposição de levotiroxina (T4).
Até o momento não há evidência científica que suporte o uso de T3 para o tratamento, devido ao maior risco de se “exagerar na dose” e pelos efeitos colaterais do mesmo. A dose recomendada inicial é de 1,6 ug/kg em média, exceto em pacientes com mais de 65 anos ou com doença cardiovascular, deve-se iniciar 25-50 ug/d.
Devemos controlar o TSH a cada 3 meses, após estabilização da dose pode ser feito exame anual. Deve-se investigar hipotireoidismo em crianças e adultos com sintomas clínicos, em pacientes que já tenham DM1 ou outras doenças auto-imunes, alterações de comportamento ou crescimento, arritmias cardíacas, sintomas psiquiátricos, dentre outros.
Nunca devemos dosar função tireoidiana na vigência de uma doença aguda, pois ela pode alterar os resultados e dar um diagnóstico equivocado.
Hipertireoidismo é uma condição de aumento da secreção dos hormônios da tireoide – T3 e T4 e supressão do TSH. 60-80% tem causa autoimune – doença de Graves e uma outra parte por doença nodular da tireoide.
O iodo ablativo é a primeira linha de tratamento tanto nos EUA como na Europa, por ser um tratamento seguro e definitivo. Esse tratamento tem algumas ressalvas, como ter de postergar gestação, risco de piorar oftalmopatia já existente, e de temporariamente aumentar um bócio que já seja muito grande, podendo causar compressão. As drogas antitoreoideanas para tratar hipertireoidismo são extremamente hepatotóxicas e devem ser utilizadas somente por curto período de tempo, ou se gestação em curso, que contra-indica o iodo. Há possibilidade também de tireoidectomia total em caso de grandes bócios.